Bolo Rainha…
Tem nome nobre, mas pertence ao povo. Hoje em dia pode-se encontrar à mesa de qualquer um, em qualquer dia do ano, mas é na quadra natalícia que assume festivamente o seu real papel de primazia na história da doçaria tradicional. Quer o Bolo Rainha, quer o Bolo Rei são realmente soberanos e arrisco a dizer que estes estão na mesa de Natal de todos!
Mais do que uma simples iguaria típica, estes soberbos “anéis de frutos” secos e cristalizados são a coroa de glória de muitos pasteleiros e vem imbuído de simbologia – A côdea representando o ouro, os frutos evocando a mirra e o aroma lembrando o incenso. Com efeito, a lenda relaciona-os com os Reis Magos e os presentes oferecidos ao Menino.
História e lenda misturam-se, assim, na massa levedada desta iguaria ancestral que adquiriu nome definitivo em França, no séc. XVII, para assinalar o Ano Novo e o Dia de Reis, na corte de Luís XIV. Sobrevivendo à chama da Revolução, o “Gateau des Rois” do Rei Sol, que o povo converteu em “Gateau des Sans Cullotes”, só foi introduzido em Portugal em meados do séc. XIX, mantendo-se até hoje indestronável.
Desde as primeiras receitas trazidas diretamente de Paris para Lisboa, o bolo-rei português desdobrou-se e recriou-se ao longo de mais de meio século. Atravessou a revolução republicana, rebatizado como “Bolo Presidente” e “Bolo Arriaga” e conseguiu reassumir-se na fórmula importada da capital francesa, mas cuja verdadeira origem remete, segundo os especialistas, à zona sul do Loire, mais precisamente a Bordéus, tendo como base “uma massa de brioche rica em manteiga e ovos”.
História e lenda misturam-se, assim, na massa levedada desta iguaria ancestral que adquiriu nome definitivo em França, no séc. XVII, para assinalar o Ano Novo e o Dia de Reis, na corte de Luís XIV. Sobrevivendo à chama da Revolução, o “Gateau des Rois” do Rei Sol, que o povo converteu em “Gateau des Sans Cullotes”, só foi introduzido em Portugal em meados do séc. XIX, mantendo-se até hoje indestronável.
Desde as primeiras receitas trazidas diretamente de Paris para Lisboa, o bolo-rei português desdobrou-se e recriou-se ao longo de mais de meio século. Atravessou a revolução republicana, rebatizado como “Bolo Presidente” e “Bolo Arriaga” e conseguiu reassumir-se na fórmula importada da capital francesa, mas cuja verdadeira origem remete, segundo os especialistas, à zona sul do Loire, mais precisamente a Bordéus, tendo como base “uma massa de brioche rica em manteiga e ovos”.
Desde que tenho a minha Bimby, deixei de comprar o Bolo Rainha e passei a fazê-lo. Este foi o segundo ano em que esta iguaria foi feita por mim, a meu gosto e à minha maneira, na companhia da minha Rainha, a minha Mãe…o que o tornou ainda mais especial ![Coração vermelho]()
Ingredientes:
500g Farinha T55 sem fermento
80g de açúcar
100g de água
Casca de 1 limão ou laranja
100g de leite
2 ovos
300g de frutos secos ( usei apenas nozes, avelãs e passas) ou Fruta cristalizada
30g de Vinho do Porto (usei Moscatel)
1 pitada de sal
40g de Fermento de padeiro fresco
60g de Manteiga ( temperatura ambiente)
Para decorar:
Doce de gila
Nozes
Avelãs
Açúcar em pó
Geleia
Preparação:
1. Pulverizar a casca do limão na Vel.9/10Seg. Reservar.
2. Colocar no copo o leite, o fermento e uma pitada de sal. 2Min./Vel.2/37º.

3. Adicionar 200g de farinha e programar 2Min./Vel.Espiga.


4. Deixar descansar a massa dentro do copo durante 45Min.

5. Adicionar o vinho, 1 ovo, a casca de limão pulverizada reservada, o açúcar, a manteiga, as restantes 300g de farinha e a água. Programar 5Min./Vel.Espiga


6. Após os 5Min., verificar se a massa descola das paredes do copo, se isso não se verificar, adicionar mais um pouco de farinha e programar 30Seg./Vel. Espiga. Não necessitei deste passo, mas dependendo da temperatura a que a manteiga esteja, poderá ser necessário.

7. Adicionar os frutos secos e programar 2Min./Vel.Espiga


8. Deixar a massa dentro do copo polvilhada com farinha para levedar até que o copo medida levante. Será mais ou menos 45Min.


9. Com a espátula baixar a massa e programar 1Min./Vel. Espiga. Retirar a massa para uma superfície polvilhada com farinha e deixar descansar mais 1 hora, polvilhar novamente com farinha e tapar com um pano. Vai crescer o dobro. ![Sorriso]()


10. Forrar o tabuleiro com uma folha de papel vegetal e colocar a massa em cima deste. Abrir um buraco a meio e dar-lhe a forma de um anel. Pincelar com um ovo batido. Ao centro colocar uma tigela untada no seu exterior com azeite e deitar água no seu interior, claro. Decorar a gosto.


11. Levar ao forno pré-aquecido a 180º/45Min.
12. Retirar do forno, pincelar de imediato com a geleia ou mel para ficar com um aspecto brilhante. Depois de frio, polvilhar com açúcar em pó.
12. Retirar do forno, pincelar de imediato com a geleia ou mel para ficar com um aspecto brilhante. Depois de frio, polvilhar com açúcar em pó.

13. Acompanhado com um cálice de Vinho do Porto ou um Licor, partir uma fatia e aproveitar a noite em Família ![Coração vermelho]()


Que o espírito natalício esteja presente em vós durante todo o ano…